As mulheres têm duas a três vezes mais probabilidades do que os homens de sofrer de enxaqueca, e embora as razões exatas não sejam claras, os investigadores suspeitam que os níveis hormonais flutuantes desempenham um papel importante. As quedas nos níveis de estrogênio causam crises de enxaqueca mais frequentes e intensas nas mulheres que já sofrem de enxaqueca, e podem até mesmo afetar as que não sofrem. À medida que as mulheres progridem em diferentes fases da vida, as flutuações nos níveis de estrogênio podem causar o início da enxaqueca e afetar as suas opções de tratamento.

As fases da vida da mulher:

Puberdade
As mulheres sofrem de enxaqueca com mais frequência do que os homens após a adolescência, e as flutuações nos níveis de estrogênio podem fornecer provas de enxaqueca hormonal e explicar porque é que as mulheres têm mais probabilidades de sofrer de enxaqueca.
Aconselhamento: Se a enxaqueca começar durante a puberdade, não deixe de consultar um médico especializado em enxaqueca pediátrica.

Menstruação
As flutuações hormonais do ciclo menstrual de uma mulher também podem ter impacto na forma como ela experimenta enxaqueca. Muitas mulheres que vivem com enxaqueca sentem enxaqueca com mais frequência antes, depois ou durante todo o seu ciclo menstrual. Diferentes estratégias de tratamento podem ser mais úteis dependendo de quando a enxaqueca ocorre no ciclo menstrual de uma paciente.

Aconselhamento: Os médicos recomendam que às mulheres com enxaqueca menstrual mantenham um diário de enxaqueca para que possam identificar melhor os padrões.

Gravidez
Algumas mulheres não veem qualquer diferença na sua enxaqueca durante a gravidez, enquanto outras podem sentir piora nas crises. Mas a grande maioria das mulheres relatam que sentem crises de enxaqueca menos frequentes e menos intensas durante a gravidez.
Aconselhamento: Se estiver planejando engravidar ou descobrir que está grávida, consulte o médico para orientações.

Pós-parto
Segundo especialistas, as mulheres com enxaqueca têm um risco elevado de ter enxaqueca no período pós-parto. Enquanto os níveis de estrogênio e progesterona sobem durante a gravidez, ambos hormônios diminuem drasticamente após o parto, o que pode resultar no regresso ou primeira aparição da enxaqueca. Cerca de 25% das mulheres têm uma enxaqueca nas duas semanas após o parto, e quase metade das mulheres tem uma enxaqueca no primeiro mês.
Aconselhamento: Se for uma das muitas mulheres que sofrem de enxaqueca pós-parto, certifique-se de dar prioridade ao autocuidado. Peça ajuda e descanse um pouco.

Amamentar
Os investigadores descobriram que o aleitamento materno não contribui para o aumento da frequência das crises de enxaqueca, e de fato, há dados que sugerem que o aleitamento materno poderia reduzir a frequência da enxaqueca.
Aconselhamento: Converse com o seu médico e esclareça suas dúvidas, é importante que você se sinta segura durante a lactação.

Perimenopausa
Quando o corpo de uma mulher está em transição para a menopausa, as flutuações hormonais que o acompanham podem agravar a enxaqueca. Em muitas mulheres, as enxaquecas podem melhorar no período perimenopausal, mas pode haver um longo período de tempo em que a enxaqueca é transitoriamente pior, dizem os especialistas.

Referências: 1. American Migraine Foundation. Migraine Through A Woman’s Life.

Disponível em: https://americanmigrainefoundation.org/resource-library/migraine-through-a-womans-life/

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